A cardiologia é uma especialidade essencialmente clínica. Nós não operamos ninguém. O cardiologista é o maestro na condução do paciente. Durante essa jornada, o paciente cardiológico poderá sim necessitar de algum procedimento invasivo, cirúrgico ou não, e ser encaminhado para especialistas como o cirurgião cardíaco, o hemodinamicista e o eletrofisiologista.
As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade no mundo. O público da cardiologia não tem idade. De mamando a caducando, vamos cuidar desde o recém nato, que nasce com má formações, até o idoso que as desenvolverá pelo envelhecimento. Entre esses dois extremos, há toda uma população que, independente do desenvolvimento ou não de doenças, tem que ser trabalhado de forma preventiva, foco principal da cardiologia no combate à redução da mortalidade cardiovascular.
A cardiologia dispõe de muitos recursos diagnósticos. Sem dúvida, é a especialidade clínica em que mais o médico pode atuar não só consultando, mas realizando exames complementares, tais como: eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiografia, exames de monitorização dos níveis pressóricos, MAPA e MRPA, e exames de avaliação dos distúrbios do ritmo, o Holter. Além disso, o cardiologista pode contar com profissionais de outras áreas, como a radiologia ou subespecialidades da cardiologia para a realização de outros exames como a cintilografia miocárdica, a ressonância magnética do coração, angiotomografias, estudo eletrofisiológico e hemodinâmico.